Conto Noturno 14-Os Sonhos que Matei

Sim, eu sou uma assassina.

Cometi o pior dos crimes.

Matei uma criança.

Eu a prendi, a maltratei, a sufoquei.

Ela viveu por anos dentro da sua jaula.

Estava sozinha e com medo.

Chorava pela sua mãe.

Queria voltar pra casa, mas eu não deixei.

Estava com raiva da minha vida, e ela levou a culpa.

Ela me pediu para soltá-la; não deixei.

Todas as noites ela gritava.

Todas as noites eu a maltratava.

Ela morreu chorando.

Eu matei uma criança.

Sei que ela não me perdoou, pois eu não me perdoei.

Nunca vou me perdoar por matar a criança que vivia em mim.

Conto Noturno 13-Profana

Eu nasci assim.

Sem saber oque é bom pra mim.

Então tentaram me controlar.

Seja delicada e nunca deve questionar.

Sinto no meu coração.

Tenho salvação.

Mas eles não vão gostar.

Penso por mim mesma.

Então vão me julgar.

Pra eles eu sou profana.

Não gosto das suas normas então sou.

Profana.

A noite vai cair.

Com ela eu vou sorrir.

Agora me sinto em paz.

Eu ja sangrei, mas eles querem mais

Não lembro quem eu era.

Virei uma Fera.

Então entenda.

O amor me criou.

Mas pra eles eu sou.

Profana.

O dia vai chegar.

Mas eu não vou aguentar.

Pois eu sou, profana.

O amor é meu poder.

Mas nunca vão entender.

Profana.

Quando tudo acabar.

Todos vão gritar.

Mas não vou me render.

Pois tenho que ver.

Meus demônios, sei que vão sofrer.

Pra eles eu sou profana.